Recentemente, as duas principais fontes que monitoram as vendas e lançamentos de unidades residenciais novas, Secovi-SP e CBIC – Câmara Brasileira da Indústria da Construção –, divulgaram os resultados do primeiro semestre de 2019 com boas notícias, tanto para o comércio, quanto para a indústria.
Importante o monitoramento dessas fontes, já que, com o crescimento das vendas, no curto prazo, o comércio é impactado, pois quem compra um imóvel novo sempre o adapta, em maior ou menor grau, às suas necessidades práticas ou senso estético.
Para a indústria, os lançamentos sinalizam para o início de um ciclo de compras que, normalmente, ocorre entre seis meses a dois anos pós-lançamento, inicialmente impactando as indústrias de materiais básicos, e, posteriormente, as indústrias de materiais de acabamento.
O que nos disseram, então, esses números.
Segundo o Secovi – SP, na Grande São Paulo, no primeiro semestre de 2018 foram vendidas 15.769 mil unidades residenciais novas e lançadas 11.883 mil unidades residenciais novas, portanto, uma diferença de 24,64%, na reposição dos estoques de imóveis novos.
Já, no primeiro semestre de 2019 foram vendidas 22.176 mil unidades residenciais novas e lançadas 21.491 mil unidades residências novas, portanto, uma diferença de apenas 3,08%, na reposição dos estoques de imóveis.
Em outras palavras, o mercado imobiliário da Grande São Paulo (39 municípios, incluindo a capital), demonstra uma tendência de reposição de estoques, muito provavelmente motivado pelo aumento de confiança no setor.
Por fim, se compararmos apenas as vendas no primeiro semestre de 2019 com as vendas no primeiro semestre de 2018, houve um crescimento de 40,6%. Já, em relação aos lançamentos, 80,8%.
Analisando dados de maior abrangência geográfica da CBIC, que representam, aproximadamente, áreas ocupadas por 1/3 da população brasileira – incluindo os dados da Grande São Paulo –, indicam que, em 2018 (em dados divulgados na época e não ajustados) foram vendidas 120.142 mil unidades residenciais novas e lançadas 98.562 mil unidades residenciais novas, portanto, uma diferença de 17,96%.
Já, no primeiro semestre de 2019 foram vendidas 59.521 mil unidades residenciais novas e lançadas 46.215 unidades residenciais novas, portanto, uma diferença maior, de 22,36%.
Em outras palavras, o mercado imobiliário fora da Grande São Paulo ainda não se sente confiante o suficiente para reposição dos estoques.
Porém, se compararmos apenas as vendas no primeiro semestre de 2019 com as vendas no primeiro semestre de 2018, houve um crescimento de 12,1%. Já, em relação aos lançamentos, 15,4%.
As sinalizações são positivas para o mercado imobiliário, ainda que de maneira irregular na reposição dos estoques, favoráveis na Grande São Paulo, mas ainda, claudicantes no restante do Brasil.
Reforça essa tendência os crescimentos de dois dígitos, em ambas as fontes, das vendas e lançamentos, quando comparando o primeiro semestre de 2019 com o primeiro semestre de 2018.
Uma força a mais para as vendas do comércio de materiais de construção, e outra, ainda em lenta reação – como, enfim, a economia brasileira –, para as indústrias do setor.
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