Em recente pesquisa sobre a Black Friday realizada pela plataforma especializada em descontos e promoções, Promobit, com 1.500 consumidores brasileiros, 47% dos entrevistados disseram ter intenção de comprar um smartphone novo, seguido por games/consoles, com 39%, e, apenas para ficarmos nos três principais produtos, computador, com 37%.
Algo mais próximo a melhorias para o lar, que tangencie, mesmo que minimamente, o varejo de materiais de construção, aparece em oitavo lugar, utensílios domésticos, com 22%, e, em décimo lugar, móveis, com 18%.
Obviamente, entre os principais produtos não há menções de tintas, misturadores, louças sanitárias, cimento, revestimento cerâmico, argamassa, pisos laminados etc.
Mas, e se houvesse? Não seria interessante identificarmos os hábitos e atitudes dos e-consumidores de materiais de construção?
Considerando dados do Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção 2018, que entrevistou 900 consumidores que fizeram obras residenciais no período de um ano, 17,1% haviam realizado compras de materiais de construção pela internet para essa mesma obra.
A jornada de compra destes e-consumidores começa pesquisando preços e características nos próprios e-commerces de materiais de construção, com 66,1%, seguidos pelas Lojas Físicas de Materiais de Construção, com 54,1%, e, apenas para ficarmos nos três principais meios consultados, YouTube, com 45,5%.
Vemos, portanto, a importância de uma relação sinérgica entre lojas físicas e digitais, como maneira de potencializar esses contatos iniciais, e, futuramente, convertê-los.
Quando chega o momento das compras para a obra, além de utilizarem os e-commerces, claro, os Home Centers foram utilizados por 58,9%, seguidos pelas Lojas de Bairro, com 57,8%, e, apenas para ficarmos nos três tipos mais utilizados, pelas Lojas de Tintas, com 48,9%, numa média de utilização de 4,1 tipos de canais.
Desses entrevistados, 72,2% precisaram de apoio da loja física, para tirar dúvidas sobre os produtos que seriam comprados posteriormente pela internet; 42,1% fizeram as compras utilizando um computador de mesa/laptop, 48,1% combinando computador de mesa/laptop e smartphone/tablet, e, 9,8% utilizando apenas smartphone/tablet.
Por fim, 61,6% receberam todas as compras em suas residências; 19,9% retiraram todas as compras na loja física, e, 18,4% mesclaram as duas modalidades.
No entanto, embora sempre seja interessante monitorar o desenvolvimento do e-consumidor de materiais de construção, na verdade, no Brasil, nesse ano teremos a Black Friday da multicanalidade, com a ascensão do varejo físico, já que, segundo o estudo Temporada Black Friday, realizado pelo Google, 37% das compras deverão ocorrer nesse formato de canal, 38% nas lojas digitais, e, 25% utilizando ambos, ante apenas 7%, em 2018.
Mais um bom motivo para um setor com tantas lojas de tijolo aproveitar melhor essa data.