No artigo da semana passada, “Feliz Ano e Consumidor Novo de Materiais de Construção”, mencionamos exultantes que abríamos o ano de 2018 com um crescimento no volume de vendas de 8,6% do comércio de material de construção, referente ao comparativo acumulado ano outubro de 2017 com acumulado ano outubro de 2016.
Até então, esse era o resultado mais recente divulgado pelo IBGE, que devido a abrangência da amostra e elaboração da leitura dos dados, divulga esses resultados com um defasagem aproximada de um mês e meio.
Esse é um pequeno preço que pagamos pela notória confiabilidade desses dados.
Bem, mas se essa já era uma notícia digna de comemoração, a primeira Pesquisa Mensal do Comércio desse ano, divulgada ontem, e relativa ao comparativo acumulado ano novembro de 2017 com acumulado ano novembro de 2016, apontou para resultados ainda melhores, com um crescimento de 9,2%, reforçando, assim, o fato de que recuperaremos grande parte da queda de 10,7%, relativa ao comparativo ano de 2016 com ano de 2015.
E, enquanto aguardamos os números finais de 2017, com divulgação prevista para o dia 09 de fevereiro, e dando continuidade ao artigo já mencionado, fechando o ciclo de quatro entendimentos relativos ao uso da internet no processo de compra de materiais de construção, perguntamos: qual a proporção entre consulta de informações nas lojas virtuais de materiais de construção e conversão?
Recorrendo ao Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção, que na onda de 2017 entrevistou uma amostra 900 consumidores que haviam realizado grandes obras residenciais, no período de setembro de 2016 a agosto de 2017, 24,7% desses entrevistados haviam consultado comércios eletrônicos de materiais de construção durante a fase de pesquisas e comparações de informações anteriores ao início dessa mesma obra.
Já, quando se referia ao momento da compra, da totalidade dessa mesma amostra, 12,1% alegaram terem, de fato, feito algum tipo de compra de materiais de construção pela internet – independentemente do valor gasto, volume ou número de itens, podendo ser, por exemplo, apenas um item de menor valor – durante a obra, sendo que, desses, 83,3% alegaram terem feito essas compras em sites especializados de materiais de construção, ou, em outras palavras, 10,1% do total da amostra, percentual que sobe para 23,6%, quando consideramos apenas entrevistados da classe A; 16,7%, classe B, e cai para 5,8%, para os entrevistados da classe C.
Portanto, voltando aos 10,1%, a proporção entre consultas em comércios eletrônicos de materiais de construção para pesquisas e comparações de informações e compras estaria em 40,9%, o que significa que, mesmo com baixa participação no faturamento, as lojas virtuais já se tornaram reais no segmento para consultas, principalmente, mas, também, para compras.
Na próxima semana analisaremos a recuperação das vendas dos imóveis novos residenciais e os possíveis impactos no varejo de materiais de construção.
O sistema de compartilhamento de inteligência de mercado é cogerido por Leroy Merlin, Eucatex, Pincéis Atlas, Votorantim Cimentos e Deca, empresas empenhadas em melhor entender o segmento, contribuindo para sua profissionalização e desenvolvimento.