Dados mais recentes do Secovi-SP, relativos ao primeiro quadrimestre de 2018, reforçaram uma tendência já detectada no início do ano, e que, muito provavelmente, somente será revertida em 2019, após ficarem claras as diretrizes do novo governo, seja ele qual for.
No primeiro quadrimestre desse ano, quando comparado com igual período de 2017, as vendas de unidades residenciais novas cresceram 87,4%, na Grande São Paulo, enquanto os lançamentos, decresceram 32,4%.
Em dados de maior abrangência nacional, correspondendo a regiões ocupadas por 31,8% da população brasileira, incluindo a Grande São Paulo, no primeiro trimestre desse ano, quando comparado com igual período de 2017, as vendas de unidades novas residenciais cresceram 22,3%, enquanto os lançamentos decresceram 30,7%, segundo a CBIC- Câmara Brasileira da Indústria da Construção.
Considerando que o aumento das vendas de imóveis residenciais novos impacta diretamente o varejo, pois ao receberem suas chaves os consumidores recorrem às lojas de materiais de construção para comprar os materiais para reformar, realizar acabamentos diversos ou apenas pequenas melhorias em seus imóveis novos, e que, a reposição do estoque desses imóveis não está sendo feita em igual intensidade; para a indústria, por mais um ou dois anos, ao menos, ainda serão o atacado e o varejo, e não as construtoras, os principais responsáveis pela manutenção ou crescimento dos seus faturamentos.
Em outras palavras, a diferença entre as vendas e os lançamentos de imóveis novos indica que, ao menos em curto prazo, o varejo continuará fazendo a diferença.
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