Os mais recentes resultados do Índice da ABRAMAT – Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção –, indicaram crescimento de 1,9%, no faturamento deflacionado das indústrias do setor, no comparativo primeiro quadrimestre de 2018 com primeiro quadrimestre de 2017, tornando factíveis os prognósticos da própria associação, de um crescimento aproximado de 1,5%, em 2018.
Caso se confirme essa projeção, esse será o ano da inflexão das sucessivas quedas no faturamento deflacionado das indústrias de materiais de construção, que totalizou -30,6%, no acumulado dos últimos quatro anos.
Já os Indicadores da Produção Industrial do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –, indicaram crescimento de 3,1%, da produção industrial geral, no comparativo primeiro trimestre de 2018 com primeiro trimestre de 2017, tornando factíveis as projeções do Boletim Focus do Banco Central, de um crescimento de 3,8%, em 2018.
Caso se confirme essa projeção, será o segundo ano consecutivo de crescimento da produção industrial geral, que totalizou -15%, no acumulado dos últimos quatro anos.
Como é possível concluir, confirmando-se as duas projeções, ao final desse ano poderemos afirmar que houve um decréscimo de 29,1%, do faturamento deflacionado das indústrias do setor, e de 11,2%, da produção das indústrias em geral, nos acumulados últimos cinco anos.
No entanto, a retomada do faturamento das indústrias do setor, em 2018, e sua continuidade, em 2019, estão atreladas a continuidade do crescimento das vendas no comércio, a redução do estoque dos imóveis novos disponíveis e consequente concretização dos lançamentos, ambos positivos em muitas praças, já que, para esse ano, e mesmo para 2019, não poderemos esperar muito dos investimentos em infraestrutura, tanto da iniciativa privada, quanto, principalmente, da iniciativa pública.
Estamos nas mãos do consumo interno.
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