A data oficial daquilo que se convencionou chamar “Greve dos Caminhoneiros”, para efeito histórico, – sim, passamos por mais um crítico momento desse país, que ainda será melhor estudado nos próximos anos – será considerada 21 de maio de 2018, data dos primeiros bloqueios expressivos, e seu término, 01 de junho de 2018, com a nomeação do novo Presidente da Petrobrás, Ivan Monteiro.
Alguns analistas ou estudiosos poderão considerar que a greve começou um pouco antes e terminou, também, um pouco antes, ou, com uma ou outra tardia mobilização pontual, um pouco depois, mas, não importa: o que importa é que seu efeito imediato desestabilizou todos os parâmetros conjunturais macroeconômicos, criando uma imensa distorção para leitura de diversos indicativos, no curto prazo, e consequências ainda imprevisíveis, no médio e longo prazo.
Segundo a PMC – Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE, o volume de vendas (deflacionado ou real) do comércio do setor (atacado e varejo) decresceu 4,3%, no comparativo maio com abril de 2018. Apenas para dimensionamento do que isso significa, no comparativo maio com abril de 2017, crescemos 2,3% (ajustado e revisado IBGE).
Em relação ao comparativo maio de 2018 com maio de 2017, encolhemos 1,9%. Já, no comparativo maio de 2017 com maio de 2016, havíamos crescido 9,5% (ajustado e revisado IBGE).
Por fim, no acumulado ano primeiros cinco meses de 2018 comparado com o acumulado ano primeiros cinco meses de 2017, o segmento apresenta crescimento de 4,8%. Já, no comparativo acumulado ano primeiros cinco meses de 2017 comparado com o acumulado ano primeiros cinco meses de 2016, o segmento apresentava crescimento de 4,2%, fechando o ano de 2017 positivo, em 9,2%.
Vemos que, mesmo com o efeito da greve, embora pontualmente no mês de maio o desempenho tenha sido fortemente prejudicado, em dados de maior magnitude, o desempenho percentual acumulado ano de 2018 está melhor do que o desempenho percentual do mesmo período de 2017.
A diferença é que há um ano, a trajetória era francamente ascendente, como pudemos constatar no expressivo crescimento de 9,2%. Já, em 2018, oscilante.
Aguardemos o próximo relatório do IBGE, previsto para 10 de agosto, para avaliarmos setorialmente, se o impacto da greve começará a ser diluído ou não, no decorrer dos próximos meses.
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