Segundo a FGV – Fundação Getúlio Vargas e IBRE – Instituto Brasileiro de Economia, os índices de confiança do consumidor, comércio e serviços recuaram 2,5, 4,1 e 2,4 pontos, respectivamente, na passagem de abril para maio.
Já, as indústrias apresentaram estabilidade com viés de alta, passando de 101 pontos, em abril, para 101,1 pontos, em maio. Relevante que desde fevereiro a confiança do setor encontra-se acima dos 100 pontos, que delimita o nível de neutralidade entre pessimismo e otimismo.
Otimismo crescendo, também, no setor da construção, cujo índice passou de 82 pontos, em abril, para 82,4 pontos, em maio, o maior nível desde janeiro de 2018. No entanto, essa confiança, ao que tudo indica, está atrelada as vendas atuais, porém, num nível insuficiente para proporcionar o crescimento do número de lançamentos de unidades residenciais novas.
Segundo a CBIC – Câmara Brasileira da Indústria de Construção, em dados relativos a importantes regiões do Brasil, habitadas por 31,8% da população brasileira, enquanto no comparativo primeiro trimestre de 2018 com primeiro trimestre de 2017, as vendas de unidades residenciais novas cresceram 22,3%, os lançamentos decresceram 30,7%.
Dados do Boletim do Mercado Imobiliário do Secovi-SP, relativos ao mesmo período, reforçam, de maneira menos dramática, esse descompasso: enquanto as vendas de unidades residenciais novas na Grande São Paulo cresceram 102,1%, os lançamentos cresceram 30,3%.
Enfim, muito bom para o setor, e especificamente para o varejo, que as vendas de imóveis novos estejam crescendo, mas seria muito melhor para todo o mercado, e principalmente para as indústrias de materiais de construção, se os lançamentos crescessem de maneira mais intensa.
Mera questão de mais confiança.
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