São vários os fatores que determinam o tipo de aquecimento utilizado em chuveiros ao redor do mundo. Condições climáticas e econômicas e até mesmo a legislação têm impacto significativo no modelo de aquecimento utilizado pela população.
No Brasil, o mais comum continua sendo o uso do tradicional chuveiro elétrico. O que muitos não sabem é que o produto é uma criação brasileira, inventada pelo engenheiro Francisco Canhos Navarro, em 1927. Nesse modelo, a resistência é a responsável pelo aquecimento da água, que esquenta ao passar por esse dispositivo espiralado.
O uso do chuveiro elétrico costuma ser a opção mais escolhida por países com menos recursos financeiros e de clima tropical. Isso acontece porque esse modelo requer baixa manutenção e possui um baixo custo de instalação, o que o torna mais acessível. No Brasil, ele está presente em mais de 73% das casas, de acordo com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), do governo federal.
“Atualmente, somos os maiores consumidores de chuveiros elétricos no mundo, além de sermos os maiores exportadores. Os nossos principais compradores estão na América do Sul e no continente africano. Neste ano, a Sintex já viajou à Colômbia e ao Quênia para apresentar produtos a esses mercados em potencial”, explica Enio Bernardes, diretor da Sintex, indústria brasileira de chuveiros e torneiras com mais de 80 anos de história.
A empresa foi, inclusive, a responsável pelo lançamento da primeira torneira elétrica brasileira, em 1945.
“A Colômbia é um dos maiores mercados na América do Sul, e buscamos ter essa presença por lá. O país passa por um crescimento considerável em consumo massivo. Já o Quênia — quando comparado com vizinhos africanos — está mais maduro no uso de duchas elétricas e possui o maior mercado em potencial para os produtos brasileiros do segmento”, destaca Fábio Lehn, representante comercial da Sintex.
No Paraguai, assim como em outros países da América do Sul, o sistema conhecido como calefón é um dos mais utilizados. Esse dispositivo usa energia para aquecer a temperatura da água de maneira mais lenta em um reservatório, fazendo com que a água fique quente.
“O ponto negativo é que a quantidade de água que ele aquece é limitada. Então tem que haver um planejamento para o banho, pois se ultrapassar a cota de água que está aquecida ela fica gelada, já que não existe um sistema de resistência como no chuveiro elétrico, que vai aquecendo conforme a água cai”, pontua Bernardes.
Na Europa, o modelo mais difundido é o chuveiro a gás, já que muitas casas contam com aquecimento central. O modelo pode ser necessário em países mais frios, devido à temperatura congelante que a água chega nos chuveiros e torneiras. Um dos países europeus que ainda utiliza o chuveiro elétrico é o Reino Unido, apesar da rígida legislação sobre eletricidade em banheiros.
Uma opção de sucesso no continente europeu que também está disponível no Brasil, são as duchas Triton, revendidas pela Sintex. Elas são projetadas com tecnologia de ponta no Reino Unido, adaptadas para a realidade brasileira, e possuem fácil instalação e manual simples e intuitivo.