Em 2018, o Painel Comportamental do Consumo de Materiais de Construção, realizado pelo DataMkt Construção, desde 2014, completou seu quinto ano consecutivo entrevistando, no total, 4.086 consumidores que haviam realizado obras e reformas residenciais no último ano. Em todos esses anos, as reformas elétricas foram o terceiro tipo de obra mais realizada, perdendo, apenas, para a pintura e a troca de pisos e revestimentos.
Para esse artigo, vamos nos ater ao perfil mais recente desse consumidor, considerando o Painel de 2018, que entrevistou 900 consumidores que haviam realizado obras/reformas residenciais no período de setembro de 2017 a agosto de 2018.
Segundo a pesquisa, do total de entrevistados, 83,7% pintaram as residências, seguidos por 70,2%, que trocaram pisos e revestimentos, e, por 64,3%, que reformaram a parte elétrica, considerando a troca de chuveiros elétricos, disjuntores, quadros de distribuição, fios e cabos, eletrodutos/conduítes, lustres, luminárias, sistemas elétricos ou de iluminação etc.
Qual, então, o perfil da obra/reforma realizada por esses consumidores?
A maioria deles pesquisaram os materiais, que seriam comprados para a obra, antes de seu início, nas Lojas Físicas de Materiais de Construção, com 66,6%; seguidas pelos sites dos fabricantes, com 30%; pelos e-commerces de materiais de construção, com 28,5%; pelos tablóides de ofertas, por 24,6%, e, apenas para ficarmos nos cinco meios mais consultados, pelo YouTube, com 20,5%.
Interessante notarmos que, proporcionalmente, os consumidores da classe A foram os que mais visitaram as Lojas Físicas de Materiais de Construção, consultaram os sites dos fabricantes, os e-commerces e o Youtube, enquanto os consumidores da classe B foram os que mais consultaram os tabloides de ofertas de materiais de construção.
É notório que quanto maior a classe social, maior é o número de meios consultados: a classe A consultou uma média 4 meios; a classe B, uma média de 3,3 meios, e, a classe C, uma média de 3 meios.
Porém, quando chega o momento da compra, quais os tipos de canais que foram os mais utilizados?
Para os entrevistados que reformaram a parte elétrica, o principal canal de compra foram as Lojas de Bairro (pequenas, médias e multicategorias), utilizadas por 59,4% desse perfil de consumidor; seguidas, empatadas tecnicamente, pelas Lojas Especializadas em Materiais Elétricos, por 44,9% e Home Centers/Lojas Grandes, por 43,3%, apenas para ficarmos nos três principais.
Vemos, então, a importância das lojas de proximidade e das lojas especializadas para esse público, essa última, empatada tecnicamente, com o segundo tipo de canal mais utilizado pelos consumidores de maneira geral: Home Centers/Lojas Grandes.
Também, nesse caso, há diferenças por classe sociais. As Lojas de Bairro são mais frequentadas por consumidores da classe C, com 64,5%; seguidas pela classe B, por 51,1%, e, por último, pela classe A, por 41,7%. Diferentemente, as Lojas Especializadas em Materiais Elétricos são mais frequentadas por consumidores da classe B, com 52%, e classe A, com 51,8%; seguidas pela classe C, com 41%. Por fim, os Home Centers/Lojas Grandes, significativamente mais frequentados pela classe A, com 74,4%; seguidos pela classe B, com 45,7%, e, pela classe C, com 40,2%.
Podemos afirmar que: as lojas de proximidade são o destino preferencial dos consumidores de menor poder aquisitivo que reformaram a parte elétrica, enquanto, as lojas de maiores dimensões, são as preferidas pelos consumidores de maior poder aquisitivo. Porém, essa é uma constante em todas as pesquisas, independentemente do tipo de obra realizada.
Por outro lado, é sempre bom frisar a importância das lojas com um caráter mais técnico de atendimento, como as especializadas em materiais elétricos, o segundo tipo de canal mais utilizado por esse perfil, com destaque para as classes A e B.
De qualquer maneira, esse é mais um indicativo do quanto os consumidores valorizam um atendimento bem preparado, principalmente, quando falamos de materiais elétricos, extremamente associados á segurança das famílias.
E isso pode ser oferecido, com o preparo técnico dos vendedores e balconistas, independentemente do perfil e tamanho da loja, porém, com um ponto imprescindível: revender, apenas, as melhores e mais seguras marcas e produtos do mercado.